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Sindaspes orienta suspensão de visitas até que a ordem pública seja restabelecida no Estado

10 de Fevereiro de 2017

Visitas social e íntima suspensas nas unidades prisionais neste final de semana. Esta é a recomendação do Sindicato dos Inspetores do Sistema Penitenciário do Estado (Sindaspes), em função da insegurança gerada pela falta de policiamento nas ruas do Estado em decorrência da paralisação da Polícia Militar, que completa uma semana.

A entidade lembra que já oficiou os órgãos competentes – Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-ES) e a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) – no último dia 6/02, sobre a medida, que visa assegurar os servidores, cujas atividades, neste momento socialmente caótico, estão com riscos à vida potencializados.

No ofício, além da suspensão das visitas de qualquer natureza, também é declarada a suspensão das escoltas de detentos para fóruns – para evitar tentativas de resgate e até confrontos e execuções durante o deslocamento das viaturas – até que a ordem pública seja totalmente restabelecida, com o retorno dos policiais militares às suas atividades ostensivas.

Entre uma das situações que ocorre dentro das unidades prisionais é a tentativa de visitas acessarem esses locais portando drogas e/ou celulares ou ainda outros objetos ilícitos para repassarem para os internos. Nesses casos detectados na revista, o flagrante deve, obrigatoriamente, ser comunicado à PM, via Ciodes, para que os militares façam a condução dos suspeitos. Portanto, sem a presença dos policiais, tal procedimento não tem como ser legalmente realizado.

O presidente do Sindaspes, Araujo, foi comunicado pelo Subsecretário Para Assuntos do Sistema Penal, Alessandro Ferreira de Souza, de que as visitas seriam mantidas e que, para isso, a Diretoria de Operações Táticas (DOT) e a Diretoria de Segurança Penitenciária (DSP) estariam incumbidas de montar uma força-tarefa para patrulhar os presídios.

No entanto, a Diretoria do sindicato discorda da medida paliativa e que, intitula, como inconsequente, uma vez que órgãos públicos e empresas privadas (inclusive de riscos reduzidos) de todo o Espírito Santo, por medida preventiva, decidiram não ter expediente como forma de resguardar a integridade física de seus servidores e funcionários. Assim, na visão do presidente, Araujo, a Sejus vai na contramão da coletividade e do bem comum.

"É de conhecimento de todos a situação alarmante a que o Espírito Santo chegou por intransigência e irresponsabilidade do atual governo. Realizar qualquer atividade, sem coletes balísticos e armamento suficientes, sem efetivo à altura, é brincar de roleta-russa com a própria vida e dos companheiros de farda, é assumir uma responsabilidade que é do Estado, mas que ele está terceirizando para os servidores públicos,  a quem trata com desvalorização e descaso. Não vamos permitir isso”, afirmou o presidente do Sindaspes, Araujo.

Assessoria de Comunicação do Sindaspes

Kamila Rodrigues
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Diretor de Comunicação do Sindaspes

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