22 de Agosto de 2018
Uma notícia da área de Economia, mas que afeta a categoria e vem diretamente ao encontro do interesse, dos pleitos e das propostas conduzidas pela diretoria do Sindicato dos Inspetores do Sistema Penitenciário do Estado (Sindaspes) desde quando ainda era comissão governativa. O Governo do Estado anunciou a autorização de concurso público para área da Segurança e entre os órgão contemplados está a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).
Inicialmente serão 200 vagas para o cargo de Inspetor Penitenciário, com salário de R$ 2.776,04, incluindo auxílio-alimentação de R$ 300 (benefício judicializado e conquistado ao longo de negociações do Sindaspes com o Governo). Para concorrer, é exigido do candidato nível médio de ensino.
O presidente interino do Sindaspes, Fidel Bourguignon, analisou o anúncio. "É uma conquista, dada as dificuldades e barreiras econômicas e de cautela enfrentadas nas negociações com o Governo. É mais um sinal de que nossa persistência quanto a pauta de reivindicações tem surtido efeito a médio prazo. No entanto, não é algo que nos deixe descansar, pelo contrário, temos ainda mais trabalho a fazer, no sentido de moldar o edital desse certame", afirmou Fidel, que continuou:
"O número de vagas não é nem de longe o suficiente para suprir o déficit de pessoal do sistema penitenciário capixaba, nosso objetivo é ampliar o número de vagas ou ainda conseguir que haja cadastro de reserva. Pleiteamos ainda o reconhecimento daqueles profissionais que hoje são Inspetores Penitenciários em Designação Temporária (DTs), uma vez que aprovados, possam ter o tempo de serviço prestado ao estado no sistema penitenciário contados, além da classificação por prova de títulos. Por isso, buscamos fazer parte da comissão do concurso, responsável por definir os detalhes do edital", disse o presidente interino.
O diretor Jurídico, Wilker Kaizer, lembrou que a necessidade de realização de concurso público para Inspetores foi uma das propostas da chapa que venceu as últimas eleições para diretoria do Sindaspes, que, em seguida, a diretoria transformou em tema de discussão com o Ministério Público do Trabalho, seccional Espírito Santo, e o Estado, em audiência de mediação, depois em ação no Judiciário.
"Na última semana, tratamos do assunto com o Ministério Público Federal (MPF), mostrando a necessidade de ampliar o número de profissionais no sistema prisional, uma vez que ele não tem acompanhado o crescimento da população carcerária. Estamos atuando acima da nossa capacidade, o que aumenta os riscos à segurança dos servidores e da comunidade no entorno das unidades. Intervir na formulação do concurso não é sinônimo de insatisfação ou ingratidão sim de extrema necessidade. Finalizou Wilker.
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