Sindicato dos Inspetores do Sistema Penitenciário do Estado (Sindaspes) realizou das 14 horas às 17 horas de hoje (27/01), Assembleia Geral Extraordinária, no edifício Casa do Comércio, em Santa Lúcia, Vitória, para detalhar aos servidores a decisão judicial prolatada no dia 21 de janeiro, suspendendo o “Movimento Paredista”, deflagrado pela categoria no último dia 17, e definir novas estratégias a serem adotadas.

A abertura da assembleia foi realizada pelo presidente do Sindaspes, Araujo, que falou da medida liminar proferida e comunicada ao sindicato 37 horas antes do início do movimento paredista, que previa a suspensão do recebimento de presos e de visitas íntimas dos internos e execução do trabalho operacional estritamente conforme leis, portarias e resoluções congregadas na cartilha do Movimen to Legalidade.

O presidente frisou a importância de, nesse momento, diante da intercorrência, serem sugeridas, votadas e adotadas sugestões inteligentes, coerentes e legais, de modo a não enfraquecer o movimento, não distanciar a categoria de seus objetivos e reverter qualquer possibilidade de enfraquecimento da luta pelos nossos objetivos.

Em seguida, Araujo concedeu oportunidade aos Inspetores Penitenciários presentes, que manifestassem interesse, de fazer seus relatos e sugerir novas ações para serem apreciadas.

Após a exposição do balanço dos reflexos das ações continuadas do movimento em algumas unidades ao longo da última semana e de sugestões, o presidente retomou a fala para sugerir propostas agregativas, entre elas: a colocação de outdoors em pontos estratégicos da Grande Vitória (detalhando a situação socioeconômica e condições de trabalho dos Inspetores capixabas diante do segmento nacional) e a realização de uma manifestação entitulada como "VELÓRIO", por ruas da capital (6 de março). Elas foram debatidas e acatadas por unanimidade.

Ao final da assembleia, o presidente esclareceu que a cartilha do “Movimento Legalidade” reformulada, com as novas portarias substitutivas às revogadas, será publicada na próxima segunda-feira (30/01), no site do Sindaspes, para que seja seguida e disseminada entre os colegas de farda; que integrantes do sindicato vão fazer blitz nas unidades prisionais e na Diretoria de Segurança Penitenciária (DSP) para averiguar as irregularidades e tomar as medidas cabíveis com relação a elas; que será realizada uma mobilização e sensibilização dos servidores para adesão ao ato de manifesto decidido pela assembleia também a partir de segunda (30/01), com visitas às bases.

“Estamos tendo nossos direitos cerceados e não iremos nos calar, nossas pautas de reivindicações seguem latentes, carecemos urgentemente de melhores condições de trabalho, não dá mais para trabalhar em cadeias superlotadas, que põem em risco os servidores, os presos e a sociedade. Sem falar no plano de carreira, na reposição das perdas salariais, escala especial e em outros itens que não são concedidos aos profissionais responsáveis por fazer e segurar o atualmente considerado modelo de sistema prisional do País. Para conseguir o que almejamos, apesar de acatar a decisão judicial, vamos agir e dentro da lei, seguir os trabalhos conforme rege à cartilha do ‘Movimento Legalidade’, que  não desacelerou, foi repensado e ganhou ainda mais ânimo e força” finalizou Araujo.

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