O Sindicato dos Inspetores do Sistema Penitenciário do Estado (Sindaspes) orienta a toda a categoria a não realizar escoltas para fóruns a partir de hoje (06/02) até que a segurança seja totalmente restabelecida com o retorno dos policiais militares às suas atividades ostensivas.

A medida está respaldada, inclusive, pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJ-ES), que publicou ontem (05/02) em seu site oficial a suspensão de prazos e audiências em toda a Grande Vitória, conforme decisão do desembargador Annibal de Rezende Lima, também motivada pela falta de segurança.

Além do TJ-ES, o Ministério Público do Estado (MP-ES) e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) determinaram hoje a suspensão do seu  expediente de hoje na Grande Vitória.

“Os riscos durante a atividade de escolta são iminentes, mas, em função do caos instalado nas ruas da Grande Vitória nas últimas horas, as chances de resgate de presos e até de execuções são potencializadas. Reforçamos que, diante da situação, as atividades de escoltas tem que ser suspensas, visando a segurança de todos, Inspetores, sociedade e detentos. Integrantes da diretoria do Sindaspes irão para a entrada dos Complexos para apoiar os Inspetores e garantir que a recomendação seja cumprida, não só hoje, mas enquanto o movimento durar e ordem pública não for restabelecida”, explicou Araujo, presidente do Sindaspes.

Desde a noite de sexta-feira, mulheres, familiares e amigos de PMs ocupam os acessos aos batalhões no Estado, impedindo a saída de viaturas, como forma de reivindicar melhorias salariais e de condições de trabalho.  Sem os militares nas ruas, aumentou o número de homicídios, assaltos, arrastões, furtos, levando pânico à população.

A diretoria do Sindaspes esclarece que, como parte da segurança pública do Estado, os Inspetores Penitenciários também sofrem com o descaso do governo. E que não aceitará realizar qualquer atividade que caracterize desvio de função.

Ontem, o vice-presidente do Sindipol Humberto Mileip também emitiu nota em apoio ao movimento e orientou os policiais civis que façam o mesmo que os Inspetores: não aceitem fazer policiamento ostensivo, por exemplo.

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